29/03/09

Ornamento e Crime




Crítica de Maribel Mendes Sobreira

O título de uma peça feita para um contexto específico, a Alta de Lisboa, dá mote para a retrospectiva, não linear, que Magali Marinho faz no Projecto “a sala”. Ornamento e Crime surge aqui, não como apologia às teorias do Adolf Loos e dos Modernistas, mas como uma provocação à ideia de que o ornamento mata a forma e que, por isso, a linguagem minimalista deverá prevalecer. Questiona se ambas não poderão coexistir, criando uma linguagem híbrida, onde a sobriedade é equilibrada pelo ornamento dando dinâmica à leitura do suporte. ler mais

10/02/09



" Paisagens tranquilas ou desoladas.
Paisagens da estrada da vida mais do que da superfície da Terra.
Paisagens do Tempo que se escoa lentamente, quase imóvel e às
Vezes como que de marcha atrás.
Paisagens de retalhos, de nervos lacerados, de «saudades».
Paisagens para tapar feridas, o aço, o estoiro, o mal, a época,
A corda ao pescoço, a mobilização.
Paisagens para abolir os gritos.
Paisagens como um lençol puxado até à cabeça."
Henri Michaux in PEINTURES

21/05/08

Arte da Arquitectura

Não exitem escultores só,
pintores só, arquitectos só.
O acontecimento plástico
realiza-se numa forma una
ao serviço da poesia.


Le Corbusier
Arte da Arquitectura
Patente no Museu Berardo,CCB até dia 17/08/08

12/12/07

Lançameto do Livro



Para além das Montanhas de Riucardo Sousa Alves
Apresentação e sessão de autografos dia 15 de Dezembro na Bulhosa do Oeiras Parque às 18h

Dois irmãos. O mais novo, após um grave incidente, encontra-se num estado de coma profundo. O mais velho, à cabeceira da cama, procura obstinadamente fazê-lo despertar. É através das palavras deste último que vamos acedendo, aos poucos, à sua história, quer pela descrição desses dias, em que permanecem no hospital, quer pela invocação de episódios vividos na pequena aldeia onde nasceram, em Trás-os-Montes, quer pela incursão numa espécie de tempo sagrado, um lugar no interior do próprio tempo, em que o desespero do mais velho o impele a recriar o limbo em que o irmão caiu, para o conseguir salvar. É sobre este triângulo temporal narrativo que assenta Para Além das Montanhas, primeira obra de Ricardo Sousa Alves (n.1978, Lisboa).

06/09/07

Ainda ontem pensava que não era

«Ainda ontem pensava que não era
mais do que um fragmento trémulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.

Eles dizem-me no seu despertar:
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."

E no meu sonho eu respondo-lhes:
"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."

Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?" »

Kahlil Gibran

15/08/07

Song for the Unification of Europe



Ean tais glosais toon antropoon lalo
kai toon angeloon,
agapen de me echo,
gegona chalcos echoon e kumbalon alaladzon.

Kai ean echo profeteian,
kai eido ta mysteria panta,
pistin ore metistanai,
agapen de me echo, outen eimi

He agape makrotumai, chresteuetai
he agape ou dzelloi, erpereuetai, ou fysioutai.

panta stegei, panta pisteuei, panta elpizei, panta upomenei.

He agape oudepotte piptei
eite de profeteiai, katargetezontai,
eite glosai, pausontai,
eite gnossis katargetesetai

Nuni de menei, pistis, elpis, agape,
ta tria tauta, meidzoon de toutoon, he agape.




If with the tongues of men I speak,
and of angels,
Love I do not have,
I have become a gong resounding or cymbal clanging.

And if I have the gift of prophecy,
and know mysteries all,
faith mountains move,
Love I do not have, nothing I am.

Love is generous, virtuous,
Love does not envy, boast, not proud is.

All she protects, all she trusts, all she hopes, all she perseveres.

Love never she fails. Be it prophecies, they will cease,
Be it tongues, they will be stilled, be it knowledge it will cease.

So remain, Faith, Hope and Love, these three. But the greatest of these is Love

02/08/07

O que pretendemos da Cultura?



Ao saber da demissão da Directora do Museu Nacional de Arte Antiga, Dalila Rodrigues, chego à conclusão de quem tem ideias e apresenta resultados acima dos esperados é um fardo para os actuais dirigentes políticos.

É sabido que a ex-directora do referido Museu opõe-se fortemente ao actual modelo de gestão de museus, pedindo uma maior autonomia financeira e administrativa, e não terá razão?