17/11/06

Diálogos de Vanguarda


Esta patente até Janeiro no edifício sede da Gulbenkian a exposição Diálogos de Vanguarda, que abrange todo o período de actividade artística de Amadeu, e de alguns dos seus amigos.




"A técnica de que fala é coisa em que nem penso. Fixar aí a ideia é parar muito aquem do fim. Qualquer aprende. Ninguém deixa de fazer uma obra de arte intensa por falta de técnica, mas por falta de outra coisa que se chama temperamento."
Carta de Amadeu Souza-Cardoso ao seu tio Francisco




Pintura c.1914, óleo sobre tela

13/11/06

Percurso metafísico



"
(...)

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

(...)

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

(..) "
Tabacaria - Álvaro de Campos, 15-1-1928

06/11/06

Cadáver esquisito



Foi inaugurada na quinta-feira a exposição "Cesariny/Cruzeiro Seixas/ Fernando José Francisco e o passeio do cadáver esquisito" na galeria PERVE.

Esta exposição marca o reencontro, após 55 anos de afastamento, dos três artistas surrealistas, expondo as obras realizadas entre 1941 e 2006.
Para além de reunir trabalhos antigos, a ideia principal foi a de conseguir uma colaboração entre eles, surgindo deste modo o cadavre-exquis (cadáver-esquisito) - técnica "simbólica" do surrealismo francês, que consiste na participação de diversas pessoas para completarem um texto ou um desenho, conhecendo apenas algumas linhas deixadas à vista por uma folha dobrada chagando assim a uma obra colectiva.

As folhas foram passando de casa em casa, sem que os artistas se cruzassem, transformando-o não numa obra una, em que por vezes os artistas se tentam diluir para que as suas linguagens possam convergir, mas persistindo a individualidade do traço e imaginário de cada um.

Para ver até 20 de Dezembro de 2006

Galeria Perve
Rua das Escolas Gerais nº17, 19 e 231100 - 218 Lisboa - Alfama Portugal